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Como Soam os Animais Mundo Afora

O que seria o som “boo, boo” do japonês, “groin, groin” do francês, “chrum, chrum” do polonês e “nöff, nöff” do sueco? Todos eles são a onomatopeia do porco, que em português é conhecido popularmente como “óinc, óinc” ou “oink, oink” em inglês, italiano e espanhol.

O que seria o som “boo, boo” do japonês, “groin, groin” do francês, “chrum, chrum” do polonês e “nöff, nöff” do sueco? Todos eles são a onomatopeia do porco, que em português é conhecido popularmente como “óinc, óinc” ou “oink, oink” em inglês, italiano e espanhol.

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Onomatopeias são palavras inventadas para aproximar em escrito o que ouvimos do ambiente. O motivo da forma escrita do grunhido do porco mudar de forma radical para cada língua é devido às diferentes maneiras das quais variadas culturas podem interpretar os sons dos animais. Essas onomatopeias vindas dos animais são tão importantes que há quem diga que os seres humanos aprenderam a falar uns com os outros imitando o som da natureza, como no caso, o som dos animais, seus gemidos, gritos, grunhidos, ganidos etc.

Não há muitos estudos nessa área talvez por considerarem o estudo do som dos animais como algo infantil, mas o certo é que a maneira como cada povo tenta imitar os latidos (som de cachorro), os balidos (som de ovelha), arrulhos (som de pombo) ou relinchos (som de cavalo) podem definir bastante uma língua. Há variadas peculiaridades sobre a forma com que entendemos os animais.

É curioso explorar essas peculiaridades linguísticas, por exemplo, um cachorro late “bau bau” em italiano e “gahf-gahf” em russo. Na maioria das línguas do mundo, o mugido da vaca começa com a letra M, mas na língua urdu (falada na região da Índia e do Paquistão) é diferente, confira a seguir:

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Além do modo de como interpretamos o som dos animais, outro fator que determina os sons que damos aos animais é nossa relação com eles. Um bom exemplo é o caso da Inglaterra, um país com grande número de cachorros por pessoas fez com que os ingleses criassem vários sons para cachorros, que são: “woof”, “yap”, “bow wow”, “ruff”, “growl”. Fatores geográficos também contribuem para nosso entendimento de sons. Pergunte a um amigo qual é o som que um camelo faz. Provavelmente ele não saberá, exceto se conviveu ou morou em um local onde camelos são comuns.

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Na Austrália, onde existe criação de camelos no interior do país a onomatopeia do som desse animal é dado como “grumph”. Já na Arábia Saudita, que tem muitos camelos, o som é dado como قرقر cuja pronúncia é “qarqara”, esse som é o mesmo dado pelos sauditas ao barulho feito pelo estômago. A título de curiosidade, assim como o gato mia, o camelo blatera, porém não temos em português uma onomatopeia equivalente a “miau” do gato para o camelo devido esses animais não serem tão comuns para nós.

Essa variedade de onomatopeia representando o som dos animais é algo que diz muito da criatividade humana - diz muito menos sobre os animais e mais sobre nós. Pessoas de diferentes lugares do mundo consideram estão ouvindo o mesmo som, mas a produção de diferentes representações desse som revela como é maleável o que fazemos com nossas diferentes línguas.

Você tem algum animal de estimação? Qual som ele faz?